sábado, 22 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vida de redatora....rsrsrs

Texto: Eu...rsrsrs
Direção de arte: diretores da Casa D'Idéias - Marketing e Propaganda

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sábado, 23 de agosto de 2008

E por falar em eleição

Infelizmente não me lembro qual a fonte para citá-la aqui, mas acho interessante registrar algumas leis e técnicas utilizadas na propaganda política há muito tempo. Apesar de complexa, é possível perceber certos princípios que ao longo do tempo têm sido utilizados, configurando certas "leis" básicas. Qualquer semelhança com o que você têm visto pelas ruas e programas eleitorais, não será mera coincidência.

1 - Lei de simplificação e do inimigo único: preocupação em simplificar ao máximo as mensagens - quase a ponto de torná-las fórmulas facilmente decoráveis (daí a importância do slogan e da palavra de ordem). Ao mesmo tempo, busca-se - a cada nova mensagem - focar apenas um inimigo. E uma das formas de simplificação que isso assume é individualizar esse adversário. Este é atacado enquanto se procura resguardar seus apoiadores, que se deseja conquistar.

2 - Lei da ampliação e desfiguração: tendência a utilizar o noticiário em proveito próprio, colocando em evidência todas as informações que possam ser favoráveis aos objetivos da propaganda. Uma citação feita fora do contexto é um exemplo de desfiguração.

3 - Lei da orquestração: a repetição de uma mesma mensagem, sob formas diferentes, ou seja, a permanência de um tema apresentado de maneira variada ilustra essa lei. Sobretudo quando a mensagem é repetida por todos os órgãos de propaganda e adaptada aos diferentes públicos. O tom e a argumentação levam em conta a natureza destes.

4 - Lei da transfusão: trata-se da tendência a identificar e explorar o sentimento popular em proveito próprio, o que se dá a partir do reconhecimento de que é mais fácil manipular a opinião pública a partir de uma base de crenças existentes do que por idéias novas. Naturalmente, os argumentos são trabalhados para servirem aos fins da propaganda política.

5 - Lei da unanimidade e de contágio: está relacionada com a tentativa de reforçar ou criar, mesmo artificialmente, unanimidades, a fim de conseguir apoios de indecisos pelo "contágio". Está ligada à tendência psicológica humana a fugir do isolamento, que leva muitas pessoas a aderirem ao que parece comum a todos.

Contrapropaganda

A contrapropaganda política, isto é, a propaganda de combate às teses de um adversário possui certas características inerentes, que são as seguintes:

1 - Busca “desmontar” os argumentos do adversário, assinalando os temas que podem ser mais facilmente combatidos por terem conteúdo lógico fraco, serem contraditórios etc.

2 – Busca atacar os pontos fracos do adversário. Esse é um preceito fundamental da estratégia da contrapropaganda: encontrar o ponto fraco do adversário e explorá-lo ao máximo.

3 – Não atacar frontalmente uma propaganda adversária quando esta se mostrar poderosa. Se as pessoas estão convencidas de algo (eventualmente por uma propaganda), é melhor partir dessa mesma opinião para combatê-la e modificá-la. Deve-se buscar ganhar a opinião alheia aos poucos, e para isso é preciso estabelecer um terreno comum de interlocução. Por isso, não se deve negar de imediato o que as pessoas acreditam ser bom, já que isso impedirá a discussão.

4 – Atacar e desconsiderar o adversário, apelando para argumentos pessoais, desconsiderando-o. A busca das contradições e aspectos que possam desacreditar o oponente é importante para colocá-lo numa posição de inferioridade

5 – Colocar a propaganda do adversário em contradição com os fatos (seja por fotos, anteriores declarações, testemunhos etc.).

6 – Ridicularizar o adversário, imitando seu estilo ou argumentação de modo a representá-lo como ridículo. E isso que faz, por exemplo, Chaplin, em O grande ditador.

7 – Fazer predominar seu “clima de força”, ou seja, tentar impor sua linguagem ao adversário e à opinião pública. Por exemplo, os líderes dos sem-terra falam em “ocupação” de terras, já seus adversários em “invasão” – e ambos os grupos tentam, através da linguagem, fazer predominar determinada interpretação da realidade.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

A importância do profissional de marketing

Maria Angela de Lima

Sua empresa tem uma marca forte? Tem planejamento a curto e longo prazo? Você sabe para onde levar sua empresa e como fazer para alcançar isso? Sua empresa é formada por uma excelência em equipe? Oferece um “algo mais ao cliente” e é a primeira a ser lembrada no seu setor? Sua empresa tem a rentabilidade esperada? Sabe lidar com as freqüentes mudanças no mercado? E, finalmente, sua empresa tem um profissional que possa te auxiliar nessas questões?

O Marketing é um sistema organizacional a partir do qual se lança mão de um conjunto de ferramentas que permitem à empresa se diferenciar no mercado e ainda buscar novas oportunidades de crescimento. Há muito tempo que grandes, médias, pequenas e micro-empresas competem pela renda dos mesmos consumidores. E nesta competição, algumas empresas são financeiramente mais sólidas que outras e, por isso, utilizam ferramentas agressivas de comunicação e marketing para buscarem a liderança no mercado. As médias, pequenas e micro empresas sabem que têm que se diferenciar no mercado, mas não vêm como. O que muitas não sabem é que elas também podem ter sucesso e prosperar utilizando-se de ferramentas de marketing de baixo custo, mas muito poderosas. Existe, no mínimo, uma centena de formas de se praticar o marketing além da propaganda.

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, é necessário investir em ferramentas que diferencie a sua empresa das demais. Ferramentas que façam com que o cliente se lembre da sua empresa antes de ir para a concorrência. E, antes de tudo, o cliente precisa se identificar com sua empresa.

É através do marketing que a empresa irá construir e manter o conceito de sua marca, tão importante para a sobrevivência e crescimento nos dias atuais. Organize novas estratégias e pratique novas táticas para conseguir uma parcela significativa do mercado, afinal, o marketing é mais abrangente do que muitos pensam, vai muito além da propaganda em rádio, televisão, jornal e outdoor.

O objetivo de um profissional de marketing dentro de uma empresa é buscar a diferenciação desta no mercado com planejamento, acompanhando de perto todas as atividades além de controlar os resultados. O ideal é que o profissional de Marketing atue junto às agências de propaganda, assessores de imprensa e profissionais de Relações Públicas e todas as ações dependerão do produto, do seu público alvo e do seu objetivo final. Em alguns casos, uma promoção, uma palestra, um telemarketing, um evento ou um brinde são mais eficientes que uma propaganda na televisão.

É função do profissional de marketing criar, desenvolver e acompanhar todas as atividades que envolvam a comunicação da sua empresa. Sabendo, é claro, que comunicação envolve tudo, desde como seu funcionário se veste e se porta diante do cliente, passando pelo atendimento telefônico, colocação do produto na prateleira, pela comunicação do vendedor (ou promotor) até os eventos e propagandas realizadas. Nesse processo, criatividade é a palavra chave.

domingo, 30 de março de 2008

Monografia não é um bicho de sete cabeças

Por Maria Angela de Lima

Diante da procura de alunos enlouquecidos pela famosa monografia ou TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) resolvi dar algumas “dicas” para ajudar um pouco nesse momento fundamental para qualquer aluno em qualquer curso de graduação. Procurarei responder às principais dúvidas que já chegaram a mim, mas não tenho a pretensão, é claro, de esgotar o assunto.

1. Escolha um tema pelo qual você tenha afinidade, que você goste mesmo porque terá que conviver com ele por um bom período. Ler muito sobre ele, acordar e dormir pensando nele. Portanto, você terá que amá-lo ou achá-lo, no mínimo, interessante.
2. Procure um professor para te orientar que também tenha afinidade com esse tema e não um orientador que você, como aluno, sempre admirou ou goste mais porque ele é o “bonzinho” da faculdade. O que você tem que pensar é que o mais importante é você realmente sair preparado da faculdade, pronto para os desafios do mercado, que não são poucos. Nenhum professor bonzinho vai te ajudar no mercado, ok? A não ser que você mostre durante os anos na faculdade que você realmente é interessado e tem potencial.
3. Não importa se o tema que você gosta não tenha muita bibliografia para consultas, afinal, um dos pré-requisitos de um estudo é que ela seja original ou, pelo menos, que seja trabalhado sob uma ótica original, que ninguém ou poucos tenham pensado ainda. Portanto, não desanime se seu tema é difícil de encontrar material. Sempre há referências a serem pesquisadas, mesmo que seja em outra área com a qual você pode “dialogar” na sua pesquisa. O que não pode é desistir por esse motivo, afinal, se ninguém se atrevesse a escrever sobre algo inédito como ficaria o mundo das pesquisas?
4. Não deixe para pensar no tema de sua monografia nos 45 minutos do segundo tempo. O ideal é que no sexto semestre ou terceiro ano você já identifique uma área com a qual tenha interesse e comece, desde então, a selecionar tudo o que você encontra sobre o assunto: recortes de jornal, matérias de revistas, bibliografias, enfim, tudo que vá ser útil para o estudo. Mesmo que depois desse esforço todo surja outro tema mais interessante, não importa, nenhum conhecimento é em vão.
5. É preciso fazer um recorte bem feito do tema a ser pesquisado, ou seja, o que você quer estudar? Um pré-projeto bem feito irá definir com clareza o que você quer fazer. Portanto, deixe bem claro: 1.0 Tema; 1.1 Delimitação do tema (por exemplo, dentro do tema a publicidade na internet, que é amplo, você focaria apenas a linguagem nesse canal; 1.2 Formulação do problema (qual o problema você quer responder ou resolver? Lembre-se: em qualquer pesquisa, se você já sabe a resposta para o seu problema, ele não é mais um problema. Portanto, como dizia Einstein “a mera formulação de um problema é, com freqüência, mais importante que a sua solução”); 1.3 hipótese (aqui você deve deixar claro o que você acha que esse estudo vai te trazer como resultado. Assim, na conclusão do trabalho você saberá exatamente se essa hipótese inicial foi realmente comprovada ou não), 1.4 Objetivos Geral e específico (quais os seus objetivos com esse estudo? Pode ser mais de um); 1.5 justificativa (qual a importância desse seu estudo? Por que você irá investir seu tempo para falar sobre isso? Essa é a justificativa, ou seja, para você falar sobre esse tema ele deve ser relevante e você deve argumentar qual é essa relevância e para quem); 1.6 Fundamentação teórica (aqui você deve embasar teoricamente sua pesquisa. Quais são os principais autores que servirão de base para todos os argumentos e conceitos trabalhados no texto? Como estamos apenas no pré-projeto, não precisa desenvolver toda a parte teórica do seu trabalho aqui, porém, o máximo que você conseguir fazer poderá ser utilizado na pesquisa; 1.7 Metodologia (aqui você explica como vai atingir seus objetivos, ou seja, que tipo de pesquisas você vai fazer? Somente bibliográfica? De campo? Enfim, deve esmiuçar as ferramentas que você utilizará para resolver o problema que você levantou inicialmente no pré-projeto); 1.8 Cronograma (desde a elaboração do pré-projeto até a conclusão da monografia, você deve ter um planejamento de quando começa e termina cada etapa); 1.9 Referência Bibliográfica (relatar todas as pesquisas que você fez para a elaboração desse pré-projeto).
6. Feito o pré-projeto, escolhido seu orientador, é hora de arregaçar as mangas e sair a campo que pode ser a biblioteca, a livraria, o cinema, os gibis, isso dependerá do seu objeto de estudo, claro. Mas o ideal é que você faça, antes disso, um pré-sumário da sua monografia que será uma espécie de “roteiro” que te mostrará por onde iniciar os estudos e como finalizará. Esse sumário mudará algumas vezes ao longo do tempo, mas o importante é que, feito agora no início, te ajudará a não se perder no longo período de leituras. Sendo assim, defina, dentro da delimitação do seu tema, o que você deverá pesquisar primeiro? E em segundo lugar? E em terceiro? Enfim, já faça uma previsão do que conterá o seu primeiro capítulo, o segundo, o terceiro, até sua conclusão e bibliografia.
7.A estrutura básica de uma monografia será composta de três capítulos e sua conclusão. No primeiro, são evidenciados os conceitos, as origens, a história do que você está trabalhando, enfim, a base teórica do seu tema. No segundo capítulo costuma-se focar na delimitação do seu tema, também fazendo uma referência histórica sobre o mesmo, o que é relevante para sua pesquisa. No terceiro capítulo foca-se na pesquisa propriamente dita, seja ela de campo ou apenas bibliográfica. Mostram-se os resultados, as considerações a respeito desses resultados, os gráficos (se houver).
8.Para escrever, é necessário ler e muito. Faça um resumo (ou um fichamento) de cada referência bibliográfica lida desde quando você se interessou pelo tema escolhido. A cada leitura feita, não esqueça de anotar a bibliografia e onde você encontrou essa referência. Isso vai te ajudar a não se perder e a localizar facilmente o material que você leu no início desse processo. Isso se chama organização.
9.Não caia na tentação de copiar material da internet. Entenda que o seu professor também conhece a ferramenta “Google” e pode localizar em segundos de onde saiu aquele texto maravilhoso que “você” escreveu. Nem preciso falar sobre a péssima impressão que você vai deixar, isso se não perder o orientador. Cuide também para não copiar trechos de livros, isso é plágio. Aprenda a ler, entender e reescrever em suas palavras, fazendo sempre a referência do autor. Para isso, leia sobre como citar referências.
10. E, por último, mas não menos importante, não faça uma monografia apenas “por fazer”, porque precisa colar grau. Tente utiliza-la como alavanca para sua entrada no mercado de trabalho, por isso a importância de escolher um tema que goste porque, provavelmente, será por meio dele que você dará seus primeiros passos no mercado de trabalho. Isso é um processo natural.

domingo, 23 de março de 2008

"A mera formulação de um problema é, com freqüência, mais importante que a sua solução, a qual pode depender apenas de habilidade matemática ou destreza xperimental. Levantar novas questões, novas possibilidades, trabalhar velhos problemas sob novos ângulos, isto sim exige imaginação criadora e assinala avanços reais no campo da ciência".

Albert Einstein

quarta-feira, 12 de março de 2008

A campanha do Youtube




Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos descobrem a internet -- e criam um novo modelo de marketing político

Por Daniel Hessel Teich

Vídeo de sucesso no YouTube normalmente costuma ser sinônimo de celebridades flagradas em um momento constrangedor. Nas últimas semanas, essa regra infalível tem sido subvertida por um videoclipe que promove a candidatura do senador americano Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata. De acordo com o site Viral Video Chart, do conglomerado inglês MediaGuardian, o vídeo Yes We Can ("Sim, nós podemos") -- produzido com trechos de discursos de Obama e protagonizado por uma constelação de astros pop -- foi o mais compartilhado da rede nos últimos 30 dias. Desde que entrou no ar, no dia 4 de fevereiro, mais de 11 milhões de pessoas baixaram o vídeo, produzido por Jesse Dylan, filho do cantor Bob Dylan, e pelo líder da banda Black Eyed Peas, William James Adams. Por 4 minutos, celebridades como a atriz Scarlett Johansson, o jogador de basquete Kareem Abdul-Jabbar e o pianista Herbie Hancock cantam trechos musicados de discursos de Obama marcados pelo refrão "Yes we can", espécie de mantra do pré-candidato do Partido Democrata. "O Yes We Can é a grande novidade política da internet", escreveu o colunista de política Alex Koppelman, da revista online Salon.
O vídeo dos artistas em apoio a Barack Obama é o exemplo mais cristalino da nova dimensão que o site YouTube -- e a própria internet -- passou a ter para o market-ing político nos Estados Unidos. Cada um à sua maneira, os três principais candidatos da disputa transformaram a rede de computadores em vitrine privilegiada de suas campanhas. Em 2007, a ex-primeira-dama e pré-candidata Hillary Clinton, que disputa com Obama a candidatura pelo Partido Democrata, estrelou ao lado do marido, Bill Clinton, um vídeo de grande sucesso no YouTube que parodiava a cena final do seriado Família Soprano (veja quadro na página seguinte). O republicano John McCain tem divulgado regularmente em seu website vídeos de discursos e eventos dos quais participa. Tanto Obama como Hillary e McCain têm páginas publicadas e constantemente atualizadas em sites de relacionamento, como MySpace e Facebook, que têm funcionado como base de mobilização de simpatizantes nas eleições primárias. Sites de busca, como Google e Yahoo!, tornaram-se parte da estratégia publicitária das campanhas, concorrendo com o rádio e a televisão na distribuição de anúncios. O comitê de campanha de McCain, por exemplo, montou uma estratégia agressiva no Google em que o anúncio com o nome do candidato aparece em buscas envolvendo mais de 2 500 palavras, como president, McCain e mesmo Obama e Clinton. "A internet tornou-se hoje para a política o que a televisão foi na década de 60 e o rádio na década de 40", disse a EXAME o consultor Peter Leyden, do New Politics Institute, centro de estudos americano especializado no estudo do impacto das novas tecnologias no marketing político.
A primeira vez em que a internet apareceu associada diretamente às campanhas políticas foi nas eleições presidenciais de 2004. Durante as primárias daquele ano, o pré-candidato democrata Howard Dean -- que disputava a indicação do partido com John Kerry -- criou um sistema de arrecadação de fundos em seu website. Por meio dele, os simpatizantes escolhiam valores entre 50 e 100 dólares e pagavam com cartão de crédito, como se fosse uma compra online. A candidatura de Dean não prosperou e Kerry foi escolhido -- e, posteriormente, também derrotado pelo presidente George W. Bush --, mas o sistema de arrecadação de fundos provou-se um sucesso.

A ESTRATÉGIA FOI ADOTADA por todos os candidatos na campanha deste ano, mas Barack Obama tem sido particularmente bem-sucedido nesse tipo de arrecadação. Em janeiro, o candidato conseguiu arrecadar o valor recorde de 36 milhões de dólares basicamente com contribuições de até 100 dólares, 90% das quais feitas pela internet. Em 26 de janeiro, o comitê de Obama registrou em apenas 1 hora 500 000 dólares em doações pela internet logo depois de o candidato vencer as primárias do estado da Carolina do Sul. "As doações online praticamente se dão em tempo real quando um candidato conquista um feito notável ou faz um discurso impactante, muitas vezes assistido na própria internet", diz Leyden, do New Politics Institute. "Os eleitores passaram a ter um poder real de influenciar as campanhas."
A excepcional performance de Obama na internet -- e a importância que sua campanha deu a esse recurso de marketing -- tem muito a ver com o perfil dos simpatizantes de sua candidatura. Obama é o candidato preferido de 61% dos jovens americanos com idade entre 18 e 24 anos, segundo uma pesquisa da rede de televisão CNN. É a parcela da população chamada de millenials (uma referência ao novo milênio), que tem grande afinidade com a internet. Entre os conselheiros de Obama está Chris Hughes, de 24 anos, co-fundador do Facebook, um dos mais populares sites de relacionamento dos Estados Unidos, com 50 milhões de usuários. Apenas em comunidades pró-Obama no Facebook estão cadastrados 355 000 membros. Por outro lado, os grupos hostis à rival de Obama na indicação do Partido Democrata, a ex-primeira-dama Hillary Clinton, agregam mais de 420 000 membros. Essa rede de apoios garante ao comitê de Obama um notável poder de mobilização via internet -- embora nem sempre isso se traduza em vitória nas primárias. Na cidade de Nova York, os partidários de Obama organizaram pela internet 292 eventos, ante apenas 13 organizados em favor de Hillary. Em São Francisco, os militantes de Obama realizaram 189 eventos, ante apenas nove de Hillary. No entanto, na totalização de votos nos estados de Nova York e da Califórnia, a política tradicional falou mais alto e Hillary venceu as primárias.
O uso da internet e do marketing viral na política se inspira, em certa medida, nas estratégias utilizadas em outro universo: o das grandes empresas. Nos últimos anos, companhias de todo o mundo têm aproveitado o poder de fogo de sites como YouTube e redes de relacionamento para fortalecer suas marcas e buscar novos consumidores, principalmente entre os jovens. O mais notável exemplo dessa estratégia foi desenvolvido pela subsidiária americana do gigante anglo-holandês dos produtos de consumo Unilever. Em 2006, a empresa criou o filme Dove Evolution, em que mostra o uso da tecnologia para transformar uma jovem comum em uma top model. O filme é até hoje um dos mais acessados do site, já atraiu mais de 15 milhões de espectadores e no ano passado foi o vencedor do Grand Prix do Festival de Publicidade de Cannes. "O uso da internet na política é uma conseqüência das inovações que começaram no setor privado", diz o consultor Leyden. "É um fenômeno que diz muito sobre como será o marketing daqui para a frente. Se eu fosse um presidente ou diretor de marketing de uma grande empresa, estaria analisando cuidadosamente cada passo desse movimento." Seja qual for o candidato vencedor das eleições presidenciais americanas, a campanha de 2008 promete entrar para a história como a primeira eleição na qual a internet teve, de fato, um peso relevante.


Três filmes relacionados à campanha eleitoral americana que se tornaram sucesso no YouTube
1. YES WE CAN: www.youtube.com/watch?v=jjXyqcx-mYY (Videoclipe criado de trechos de um discurso de Barack Obama. Teve participação de vários artistas e foi produzido por Jesse Dylan, filho do cantor e compositor Bob Dylan. 11,5 milhões de acessos desde a estréia, em 4 de fevereiro de 2008)
2. VOTE DIFFERENT: www.youtube.com/watch?v=6h3G-lMZxjo (Versão de um comercial da Apple de 1984 produzida por simpatizantes de Barack Obama. No filme, Hillary Clinton é mostrada como o Big Brother que controla tudo e todos. 5,3 milhões de acessos desde a estréia, em fevereiro de 2007)
3. HILLARY CLINTON SOPRANOS PARODY www.youtube.com/watch?v=9BEPcJlz2wE (Vídeo protagonizado por Hillary e Bill Clinton baseado na cena final do seriado Família Soprano. O filme foi um convite para os simpatizantes votarem na canção-tema da campanha da candidata. 1,5 milhão de acessos desde a estréia, em junho de 2007)
Revista Exame 06.03.2008

sábado, 1 de março de 2008



Tem que gostaR de publicidade.
Gostar de ler, e mais ainda dE escrever.
Vai escrever para uma Diversidade de meios incrível, ou seja, precisa conhecer todas as características de umA mídia.
Vai escrever sobre vários assunTos, portanto, mais um motivo para ler sobre tudo e não ter precOnceitos sobre nada. No mesmo dia pode escreveR um anúncio fúnebre e um para maternidade.
Não Pense que algum dia do redator será igual ao outro.
Deve conhecer bem as regras da língUa portuguesa, da gramática – estude.
Ser criativo, é óBvio.
Deve conhecer o cLIente.
Conhecer o produto.
“ouvIdos atentos rendem bons anúncios”
Tem que pensar muita bobagem antes de sair alguma coisa útil, mas, muitas vezes, vai ter que pensar rÁpido.
clareza para expoR as ideias (no papel e oralmente – defesa de peça, de ideia);
atualIzação é a palavra-chave (leia tudo, ouça tudo, assista tudo): obsessão pela informação.
e, conheça etimologia. O que é isso? pesquise.



"O Redator bem preparado poderá, sem sombra de dúvida, compor melhor, improvisar melhor e apresentar resultados indiscutivelmente melhores".




Referência Bibliográfica:

MARTINS, Zeca. Redação publicitária: a prática na prática. São Paulo: Atlas, 2003.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cresce interesse no uso de celulares como mídia

Segundo o Ibope, 5% dos internautas já acessam a rede também via aparelhos móveis
Alexandre Zaghi Lemos
11/02 - 13:58
Para muitos especialistas, em pouco tempo os aparelhos celulares, smartphones e PDAs serão o principal suporte de convergência das mídias. Apesar de ainda longe de materializar tal previsão, o mercado brasileiro tem se mostrado terreno promissor, pois conta com alta penetração dos celulares (que já somam mais de 120 milhões de linhas ativas), freqüente troca de aparelhos por modelos mais modernos (o que garante rápida adesão às novas tecnologias) e iminente proliferação das redes de telefonia móvel de terceira geração - 3G (freqüências que irão turbinar o acesso móvel à internet).
Como não poderia deixar de ser, o interesse do mercado publicitário no uso dos celulares como mídia tem crescido, embora ainda esbarre em obstáculos naturais para um negócio incipiente. Um deles é a falta de dados confiáveis sobre a atividade. Por esse motivo, aumenta a importância de levantamentos como a décima-nona Pesquisa Internet Pop, lançada pelo Ibope Mídia no mês passado, que, pela primeira vez em seu histórico, mensurou também o acesso à web via celulares, smartphones e PDAs. Esse é um dos principais mapeamentos contínuos dos hábitos dos internautas brasileiros por basear-se em entrevistas em profundidade, realizadas de acordo com o Critério Brasil de Classificação Econômica. Para essa edição, o Ibope ouviu em outubro do ano passado mais de 17 mil pessoas maiores de 10 anos e pertencentes a todas as classes sociais nos nove principais mercados do País: as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Recife e Salvador, além do Distrito Federal.Segundo o instituto, na soma dessas praças o número total de internautas é de 22,283 milhões, o que representa 45% da população total. Destes, 5% costumam acessar a internet também via aparelhos móveis, o que equivale a 1,022 milhão de pessoas nas nove regiões. "A maioria dos que acessam a internet por celulares, smartphones e PDAs pertence às classes A e B e tem até 24 anos", detalha o gerente de atendimento do Ibope Mídia, Derli Pravato.
Quanto aos celulares, especificamente, que são a principal forma de acesso móvel, ele informa que os maiores usuários são homens de até 39 anos. Curiosamente, no caso dos smartphones, as mulheres são maioria.Como as pesquisas anteriores do Ibope não incluíam perguntas sobre o acesso à internet via aparelhos móveis, não há como medir a intensidade de crescimento da atividade com base nos dados do instituto. Entretanto, outras fontes deixam claro que a curva ascendente é veloz. É o que comprova, por exemplo, a Predicta, que gerencia campanhas online para alguns dos principais portais brasileiros, como iG, Terra, Vírgula e WebMotors. Suas ferramentas permitem saber qual foi o navegador usado pelo internauta e, a partir daí, concluir se o acesso partiu de computadores ou aparelhos móveis.Nos cinco últimos meses de 2007, a empresa notou aumento de 180% nos acessos via celulares, smartphones e PDAs. As requisições feitas a partir desses aparelhos e monitoradas pela Predicta saltaram de 55 mil em agosto para 155 mil em dezembro.Outro dado que comprova o potencial da "internet de bolso" é que uma fatia significativa desses acessos já é feita via iPhone, embora o modelo ainda não seja comercializado oficialmente no Brasil. "Quando navegam com facilidade, como nos aparelhos mais modernos, os usuários rompem a barreira da usabilidade. Por outro lado, como a maioria dos sites não está preparada para o acesso por meio de celulares, a experiência ainda frustra boa parte dos que têm os modelos mais simples habilitados para a web, que hoje já são encontrados por menos de R$ 100", comenta Claudia Woods, diretora de estratégia e inteligência da Predicta.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Graças ao marketing, (infelizmente) o cigarro resiste

por Maria Angela


É fato que toda empresa precisa adotar estratégias eficientes de marketing para sobreviver nesse ritmo acelerado em que vivemos e consumimos. Porém, sem dúvida alguma, uma das poucas indústrias que teve que responder com maior rapidez e eficácia às mudanças do mercado global foi a indústria do tabaco. No início a estratégia era fazer do cigarro parte da cultura, fonte de prazer, status e estilo. Os anúncios publicitários eram “hollywoodianos”, associando, erroneamente, o cigarro a esportes, inclusive, a esportes radicais, o que, é sabido, o uso freqüente do produto dificulta muito sua prática. Além disso, pensando no mercado futuro, perversamente focavam cada vez mais os jovens consumidores.
Há décadas que a indústria do fumo vem tendo sua forma de atuação limitada (principalmente no que se refere à comunicação) diante dos problemas causados à saúde pública, isso porque dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que o tabagismo mata quatro milhões de pessoas por ano, sendo responsável por bronquite crônica e enfisema pulmonar; câncer pulmonar, infartos do coração; derrames cerebrais, entre outros tipos de câncer.
O fato é que, mesmo sendo proibida de anunciar seus produtos e tendo uma péssima imagem mundial, de acordo com a revista Exame[1], a indústria do fumo continua sendo uma das mais lucrativas do mundo, tendo o faturamento das multinacionais do setor uma taxa média de 3% de crescimento. Como isso é possível? Diante de tanta adversidade, essa indústria não estaria fadada ao fim? A resposta é: estratégias eficientes de marketing.
Dentre as principais ações de marketing adotadas pelo setor constam: a) uma mudança de discurso ao admitir que, sim, o cigarro faz mal à saúde, reduzindo assim os constantes desgastes com os órgãos fiscais do setor; b) aumento de preços para compensar a queda no volume de vendas; c) foco nos países emergentes visando a troca dos cigarros baratos por mais caros, graças ao aumento da renda nesses locais; d) inovação: para não ficar para trás e resistir às mudanças culturais e de consumo, a indústria lança uma versão do cigarro para mascar e desenvolve cigarros menos danosos à saúde; No Brasil, a Souza Cruz promove ainda um programa de palestras e internet para manter a proximidade com os jovens e veicula anúncios que informam sobre as ações de responsabilidade social da empresa.
Todas essas ações são mais provas para aqueles que ainda confundem publicidade com marketing de que as possibilidades são muitas e vão muito além do “plim-plim” da rede Globo.


[1] COSTA, Melina. Décadas sob ataque. E ainda poderosa. pág. 50. Publicada em 24/01/2008.